terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Graciliano Ramos Graciliano Ramos

Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo, em 27 de outubro de 1892. Primeiro de dezesseis irmãos de uma família de classe média do sertão nordestino, ele viveu os primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro, como Buíque (PE), Viçosa e Maceió (AL). Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou um tempo trabalhando como jornalista. Em setembro de 1915, motivado pela morte dos irmãos Otacília, Leonor e Clodoaldo e do sobrinho Heleno, vitimados pela epidemia de peste bubônica, volta para o Nordeste, fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em 1920, deixando-lhe quatro filhos. Foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, tomando posse no ano seguinte. Ficou no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930. Entre 1930 e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial, professor e diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934 havia publicado São Bernardo,3 e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do pânico insuflado por Getúlio Vargas após a Intentona Comunista de 1935. Com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra. Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabou falecendo em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão.

As obras de Graciliano Ramos:

Caetés - romance - Editora Schmidt, 1933; (ganhador do Prêmio Brasil de Literatura);
São Bernardo - romance - Editora Arial, 1934;
Angústia - romance - Editora José Olympio, 1936;
Vidas Secas - romance, - Editora José Olympio, 1938;
A Terra dos Meninos Pelados - contos infanto-juvenis - Editora Globo, 1939;
Brandão Entre o Mar e o Amor - romance - Editora Martins, 1942 - Escrito com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz;
Histórias de Alexandre - contos infanto-juvenis - Editora Leitura, 1944;
Dois dedos - coletânea de contos - R.A. Editora, 1945;
Infância - memórias - Editora José Olympio, 1945;
Histórias Incompletas - coletânea de contos - Editora Globo, 1946;
Insônia - contos - Editora José Olympio, 1947;
Memórias do Cárcere - memórias - Editora José Olympio, 1953; (obra póstuma)
Viagem - crônicas - Editora José Olympio, 1954; (obra póstuma)
Linhas Tortas - crônicas - Editora Martins, 1962; (obra póstuma)
Viventes das Alagoas - crônicas - Editora Martins, 1962; (obra póstuma)
Alexandre e Outros Heróis - contos infanto-juvenis - Editora Martins, 1962); (obra póstuma)
Cartas - correspondência - Editora Record, 1980; (obra póstuma)
O Estribo de Prata - literatura infantil - Editora Record, 1984; (obra póstuma)
Cartas de amor à Heloísa - correspondência - Editora Record, 1992; (obra póstuma)
Vidas Secas - edição especial 70 anos - romance - Editora Record, 2008; (obra póstuma)
Angústia - edição especial 75 anos - romance - Editora Record, 2011; (obra póstuma)
Garranchos - textos inéditos - Editora Record, 2012. (obra póstuma)


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