. Todos nós que nascemos já poetas Contemplando ao redor a natureza, Empolgados, cantando sua beleza, O romântico das noites inquietas. Muitos vates, porém, fazem dietas, Não consomem do povo suas dores Dão as costas aos grandes dissabores E às causas que geram tantos males, O canto fácil preferem pelos vales À canção que exalta os sofredores.
Para mim só poeta é quem escuta E quem leva no verso a dor do povo, Poeta que não sabe o que é estorvo Fadado está no mundo para a luta. Ele tem que colher da terra enxuta Os versos com teor de liberdade... Defender a justiça e a igualdade, Combater com seus raios os tiranos Para alcançar, vencendo os desenganos, Um mundo justo para a humanidade. .................................. .................................. “Venho eu dos mistérios do sertão, Quando a seca ameaça e amedronta Vendo o sol causticante que desponta Com açudes mostrando o seu porão, Sem ouvir o cantar da arribação, Vendo o céu sem orvalho para a flor, O chão, a terra seca, o seu ardor, A rês mirando a morte, ali caída, Vazia, a casa velha, já sem vida E por fim o adeus constrangedor.”
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ResponderExcluirTodos nós que nascemos já poetas
Contemplando ao redor a natureza,
Empolgados, cantando sua beleza,
O romântico das noites inquietas.
Muitos vates, porém, fazem dietas,
Não consomem do povo suas dores
Dão as costas aos grandes dissabores
E às causas que geram tantos males,
O canto fácil preferem pelos vales
À canção que exalta os sofredores.
Para mim só poeta é quem escuta
E quem leva no verso a dor do povo,
Poeta que não sabe o que é estorvo
Fadado está no mundo para a luta.
Ele tem que colher da terra enxuta
Os versos com teor de liberdade...
Defender a justiça e a igualdade,
Combater com seus raios os tiranos
Para alcançar, vencendo os desenganos,
Um mundo justo para a humanidade.
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“Venho eu dos mistérios do sertão,
Quando a seca ameaça e amedronta
Vendo o sol causticante que desponta
Com açudes mostrando o seu porão,
Sem ouvir o cantar da arribação,
Vendo o céu sem orvalho para a flor,
O chão, a terra seca, o seu ardor,
A rês mirando a morte, ali caída,
Vazia, a casa velha, já sem vida
E por fim o adeus constrangedor.”
Belissimo!!!!!!!!!!
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